#resenhas
- Alex Santos
- 5 de abr.
- 2 min de leitura
Atualizado: 5 de abr.
Em um periodo de 15 dias, compareci a 3 shows incríveis e resolvi deixar as minhas impressões sobre eles. Acompanha aqui:
NOVO PROJETO DOS RAPPERS SAIN E FEBEM É APRESENTADO EM PERFORMANCE AO VIVO
"Highboyz” é um título que pode gerar interpretações como garotos sonhadores, ambiciosos, de muito sucesso ou (apenas) chapados. Porém, se refere ao nome do EP - lançado no final de 2024 - concebido pela intersecção da ponte aérea Rio x São Paulo.
O álbum teve a sua estreia em uma única apresentação, na comedoria do Sesc Belenzinho, com ingressos esgotados e plateia bastante jovem…na faixa dos 20 ou 25 anos, em sua maioria.
Com duração curta, o show foi reforçado por canções da trajetória solo dos rappers. Apesar de ser o primeiro trabalho de um disco temático, os artistas colaboram entre si por anos e, assim, o repertório pôde se manter ambientado à sonoridade do projeto.
Destaque para o enredo de DJ Mako, que preservou o clímax da obra durante toda a apresentação ao vivo.
Nota: 4/5
DENNIS BOVELL E SEU DUBMIX SET NA BALSA
O lendário produtor britânico de reggae apresentou seu repertório na festa Roofsteady, exaltando todas as vertentes que compõem o famoso gênero musical jamaicano.
Comumente, os eventos acontecem na área externa do terraço do prédio e era esperado que a performance acontecesse lá mas, para nossa surpresa, aconteceu no charmoso bar do edifício.
Enquanto ele anunciava as faixas que tocaria (...sim!!! Toda a seleção foi improvisada na hora!!!) revelou seus processos de composição, destacando as lembranças do convívio com personalidades às quais trabalhara. Houve, também, um momento para conscientizar a plateia sobre a atual onda fascista no mundo.
Foram mais de 2h de apresentação, contando com “Death Of A Rude Boy” do Madness, “London Calling” do The Clash, além de canções originárias da soul music, mambo e jazz no set.
Nota: 3,5/5
A MORTE E O RETORNO DO UNDERGROUND PAULISTANO COM JON SPENCER
Em 24 anos, desde sua primeira passagem pelo Brasil, foram muitas investidas performáticas na carreira. Porém, o sentimento de assistir uma apresentação do artista é o mesmo em todas elas; de imersão profunda na essência contracultural do rock’ roll.
Nos shows da rede Sesc, o guitarrista e compositor ressurgiu em nova formação - com os jovens Kendall Ward (baixista) e Macky “Spider” Borman (bateria) - predestinada a converter os espectadores.

Através das incontáveis canções de sua trajetória com o Pussy Galore, Blues Explosion e Heavy Trash, a hipnose foi se reverberando à medida que o show prosseguia. Mesmo com a variedade de concepções sonoras, a orquestração do “setlist” proporcionou uma experiência memorabilia sobre o circuito alternativo paulistano entre os anos 90 e 2000, onde se contemplava o ídolo em questão.
Não menos importante, destaco a competência de Ward e Spider para conduzir o frenesi geral, impulsionado pela inquietação do Jon Spencer.
Nota: 5/5
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