Essa definição ficou popular de uns 5 anos pra cá e, LÓGICO, não pegou muito bem entre os conhecedores "raiz", já que ter metodologias é algo exclusivo de quem possui mais sofisticação e cultura. Então, chegar "um jornalista vendido qualquer" e simplificar todo esse trabalho com uma terminologia que facilita a compreensão dessa lógica para a massa, foi UÓ! Antes eles (os colecionadores), tivessem dado esse furo e virassem fonte exclusiva do que a grande mídia golpista. Pfff.
Claro que a maioria das pessoas não se importarão com isso porque ouvir música é uma atividade paralela que elas têm enquanto tomam banho, limpam a casa, se irritam nos engarrafamentos de trânsito ou se reúnem nas festas dos parentes. Entretanto, quando esses mesmos indivíduos descobrem que há uma cadeia produtiva e que gera negócios rentáveis, a atividade deixa de ser coisa de maconheiro, vagabundo e comunista para atingir seu status de profissão...às vezes, de gângster.
Os selos e gravadoras usam o critério de curadoria para formar nichos de vendas e, principalmente, registrar e distribuir as músicas que são produzidas. Entretanto, com tantas obras, sonoridades, experimentações e efeitos para serem catalogados - E VENDIDOS - alguns grupos menores se propõem a fazer os lançamentos de maneira independente, mas o acesso nem sempre está ao alcance. Logo, é aí que o adicto colecionador embarca em outra desventura, pensando ser o Indiana Jones do rolê. Até tem uma piada interna sobre isso, que diz "que a droga mais perigosa é a compra de discos". Fiquem atentos, pais e demais familiares!
A diversão de se atentar às curadorias musicais é que elas agregam diversas formas de expressão no entorno do processo - como moda, cinema, fotografia, literatura, design, gastronomia - e isso define um estilo de vida para quem os acompanha. Mas se pensarmos bem, imaginem tudo isso multiplicado por, no mínimo, 15 selos? Pesa no orçamento...A maturidade nos ajuda a redefinir os métodos de pesquisa e acesso, mas até chegar aí, a coleção foi de "zeros" no saldo negativo da conta bancária.
C'est la vie.